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segunda-feira, 2 de março de 2009

O lustre

O LUSTRE 

Meu filho caçula é um doce, fala baixinho é simpático e meigo, o que ninguém sabia, (nem eu), é que ele tem um gritinho que faria qualquer Pavarotti ficar de queixo caído!
Para melhor informá-los o grito de uma criança pode chegar a 115 decibéis e a  (OMS) estabelece como padrão para o ouvido humano, 70 decibéis.
Barulho em excesso pode causar, além da surdez, outros distúrbios que não se restringem a região auricular.
Sabido isto podemos acrescentar também toda a questão psicológica e foi assim que num belo dia, ensolarado, todos estávamos descontraidamente em casa, quando de repente ouvimos aquele grito estarrecedor e desnorteados procuramos saber o quê, pelo amor de Deus, havia acontecido com aquela criancinha indefesa!?
E passa por nós aquele menininho de cabelos finos e negros, balançando-os de um lado para o outro e com um sorriso mais safadinho do mundo!
Tudo bem meu filho? (A gente pergunta apalpando a criança), onde foi o machucado, está tudo bem? Ele continua sorrindo e sai correndo balançando sua cabecinha...
Olho para o papai e ele está pálido, com a mão no coração, o irmão assustado e de olhos esbugalhados e eu? Grudada no lustre!
O problema é que agora isso virou mania...
Por nada, ahhhhh! Lá vai a gente se agarrar a qualquer coisa ao nosso lado: o fogão, a mesa ou será que alguém pode me ajudar a descer do lustre? "É uma sensação "reconfortante".
Imagine um frio percorrer toda a sua coluna vertebral, do cóccix até as cervicais, depois você fica anestesiado e após alguns segundo o seu rosto flameja! "Muito agradável"!
Tão agradável que resolvemos gravar estes gritinhos, sabe, quando ele for dormir a gente liga o gravador e Uaauuu...prega no teto!  
Engraçado, quando a gente é mais jovem e nem pensa em ter filho, sempre tem uma “amiga-mãe” que só te conta coisas sublimes sobre a experiência da maternidade...
Depois de ser mãe a gente fala sozinha o tempo todo: Calma! Controle-se! Você é capaz, está tudo bem...
Pelo menos percebi aquelas flores douradas e pequeninas naquele velho lustre...

Silvana

Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008

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