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sábado, 16 de agosto de 2008

Espelho

Gostaria de um espelho que refletisse o que sou,
Que este espelho refletisse a minha cara, quer fosse bonita ou feia, mas que refletisse a verdade.
E que essa verdade fosse aberta apenas para mim, porque ninguém vai segurar a minha barra!
E se esse espelho pudesse me explicar, que ele não fosse duro demais a ponto de me matar por asfixia e nem tendencioso a ponto de me ensoberbecer, mas que fosse claro o suficiente para refletir não o que vejo, mas o que realmente sou.
E que independente do que visse, que eu fosse madura o bastante para aceitar essa verdade com a mesma serenidade que uma criança aceita uma explicação.
Mas o espelho que eu tenho mostra o que vejo e não o que sou.

Silvana
16 de Agosto de 2008

Um comentário:

Cleide Bagaço disse...

Amiga,
Há alguns anos atrás (e ponha bons anos atrás...), eu fiz análise. E numa das sessões, o meu analista fez um exercício comigo, que consistia em me colocar (no imaginário) eu de frente pra mim mesma. Foi cruel, devastador, aniquilante.
Nós temos consciência de que existe dentro de nós, o lado bom e o lado mau de nós mesmos. Só que queremos mostrar que somos bonzinhos sempre. Sabemos dos sentimentos maus que estão lá dentro de nós, só esperando uma oportunidade para se apresentar...
Na análise, eu os conheci um a um, sem a maquiagem do nosso consciente.
E digo, não é qualquer um que tem estrutura emocional para se conhecer profundamente. Depois dessa sessão, fiquei mais de um mês sem frequentar a clínica.
No meu retorno, falei pro Lin (esse era o nome dele - do analista)que depois daquele dia, eu havia travado uma batalha com a mexida que eu havia recebido, daquele exercício. O bom é de tudo é quando conseguimos garimpar esses sentimentos e colocálos dentro de gavetas, claramente identificadas. Nós somos uma mistura de como nos vemos,de como gostaríamos de ser e de como as outras pessoas nos vêem. Isto é o nosso reflexo.
Bjão,
Bagaço.